Impressões da migração Ubuntu → Fedora

Depois de longos anos usando o Ubuntu, decidi migrar em definitivo para o Fedora. Troquei o Ubuntu 11.04 64-bit pelo Fedora 15 64-bit.

- O boot gráfico do Fedora é mais bem feito, sem flicker, algo que o Ubuntu até hoje nunca conseguiu, pelo menos nas minhas máquinas (Intel G965, AMD 880G).

- O tempo de boot em si me pareceu levemente menor no Fedora (diminuirá no Fedora 16 com substituição dos scripts SysVinit pelos arquivos nativos do systemd).

- Posso dizer que já me acostumei com o Gnome 3 (no modo normal, não no fallback). Não é essa ruindade toda que dizem, pelo contrário.

- O Gnome 3 ainda está espartano demais nas ferramentas de configuração, mas nada crítico para um usuário como eu, que troca o plano de fundo e olhe lá.

- A política de atualização de programas do Fedora não restringe atualizações de minor versions dentro do ciclo de vida de cada lançamento da distribuição. Por exemplo, se o programa foo for atualizado da versão 1.0.0 para 1.0.1, ele será disponibilizado como atualização sem dificuldades. A partir do Fedora 14, os empacotadores estão desencorajados de disponibilizar atualizações de major versions (link), o que reduz o risco de quebradeira e torna cada lançamento do Fedora, em teoria, mais estável.

- No Fedora, a renderização das fontes é diferente. São mais finas do que no Ubuntu. Não mexi em nada, tudo padrão. Tentarei me adaptar.

- Os programas todos que eu usava no Ubuntu estão no Fedora; portanto, tudo OK.

- O SELinux não está incomodando. Para conseguir acessar compartilhamentos SMB pelo Nautilus, tive que liberar o Samba no configurador gráfico do firewall (sim, o Fedora vem com um firewall por padrão).

- Os DeltaRPMs são fantásticos. Economizam um monte de banda no download das atualizações.

- A instalação do Fedora foi feita num HDD novo, de 1TB. Aproveitando a oportunidade de criar o particionamento do zero, coloquei o /home em XFS. O / continuou em EXT4. Partição swap? Que partição swap? Isso não serve para nada...

- Aprender a usar o básico do yum foi fácil. Ahh, e: http://caixaseca.blogspot.com/2011/09/opcao-similar-ao-apt-get-autoremove-no.html

- A instalação pelo DVD é amigável. Os pontos que podem ser melhorados são:
→ não usar LVM por padrão; é complexidade desnecessária
→ ter algum mecanismo, ou uma boa documentação, para ajudar o usuário leigo a usar o repositório RPM Fusion, onde se encontram os plugins restritos do GStreamer, VLC, etc.

- Por fim, meu muito obrigado, Red Hat, por tudo que você faz pelo ecossistema Linux.

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