BIOS bugados de novo

Michael Larabel do Phoronix descobriu há algum tempo que a causa do aumento no consumo de energia notado por muitos usuários rodando Linux 2.6.38 e posterior foi por causa de uma mudança feita no kernel, que desativa o ASPM, um recurso de economia de energia do barramento PCI Express, quando o BIOS não informar que é suportado.

Como BIOS bugados são como erva daninha — estão por todo o lugar —, aconteceu o esperado. Várias máquinas usam BIOS que não implementam corretamente a tabela FADT. É possível forçar a ativação com pcie_aspm=force, mas nem sempre funciona.

Inquirida sobre a questão, a Gigabyte deu a típica resposta: use Windows.

O que precisa ficar claro é que ACPI possui uma especificação, que diz como seus recursos devem ser implementados. Se a Gigabyte e outros fabricantes não estão colocando na tabela FADT que ASPM é suportado, bem como ajustando todo necessário para conferir com a especificação, seus produtos estão bugados. Simples. Que pelo menos admitissem o erro e dessem alguma desculpa esfarrapada, quem sabe que "estarão vendo uma solução" ou algo assim. Não, nem isso.

Larabel comenta que fabricantes renomados no mercado corporativo, como Tyan e SuperMicro, usam BIOS bem programados e livres de problemas com Linux. Pena que será impossível você comprar um PC no supermercado que venha com uma placa-mãe dessas marcas.

Comentários