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Continuando nos consoles

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Meu velho Xbox One original estava pedindo socorro. Os tempos de carregamento do HDD interno de 500 GB testavam minha paciência. Um SSD SATA até ajudaria, mas eu ficaria preso a uma geração antiga, com cada vez menos novos jogos AAA. Postei no fórum Clube do Hardware um resumo da minha pesquisa inicial enquanto decidia o próximo passo. Descobri que a Microsoft não monta mais consoles no Brasil — são todos importados. O Series X desapareceu do mercado, enquanto o Series S está disponível em lojas menores em marketplaces (não sei por que grandes varejistas, como a Amazon, não o vendem). Sobre a garantia: as unidades vindas da China para distribuição no Brasil, com caixa e folhetos em português e cabo de força no padrão brasileiro, têm garantia aqui, desde que acompanhem a nota fiscal. Decidi, então, comprar um Xbox Series S por R$ 2500, após confirmar com um vendedor confiável do Mercado Livre que era o modelo para distribuição no nosso país....

Literatura cyberpunk — Neuromancer

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Neuromancer, de William Gibson, publicado em 1984, é o marco fundador do cyberpunk. O livro reúne os elementos que definiram o gênero: implantes cibernéticos, ciberespaço, a matrix — uma realidade virtual imersiva —, inteligências artificiais, vírus de computadores, transmissões de simstim — um link que acessa, à distância, os sentidos físicos, mas não os pensamentos —, corporações, submundos sujos, drogas, criminalidade, sexo, visuais de neon, cenários futuristas, viagem espacial. A trama apresenta elementos estranhos e fascinantes, como a cabeça falante da Tessier-Ashpool, um busto mecânico que reflete a excentricidade da corporação familiar, as projeções de Riviera, ilusões psicológicas manipuladas na mente alheia, Hideo, um ninja que serve como guardião leal da Tessier-Ashpool, e Zion, uma colônia espacial de rastafáris. A narrativa acompanha Case, um talentoso hacker em decadência. Incapaz de acessar a matrix devido a uma lesão neurológica caus...

Literatura cyberpunk — Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?

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Eu gosto da temática cyberpunk, dos visuais em filmes, jogos e artes gráficas. Ao pesquisar literatura relacionada, descobri obras importantes. A pedra fundamental do gênero me parece ser Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? , de Philip K. Dick, lançado em 1968 — um precursor que, embora não abarque temas como hackers ou ciberespaço, lançou as bases do cyberpunk. O livro inspirou o filme Blade Runner , de 1982, dirigido por Ridley Scott, e foi renomeado posteriormente devido ao sucesso da adaptação. A trama do filme, porém, é bem simplificada e diverge em alguns pontos do livro. Já sua sequência, Blade Runner 2049 , de 2017, dirigida por Denis Villeneuve, tem pouco da história original. É uma leitura envolvente e acessível. Rick Deckard, um caçador de recompensas em São Francisco, atua num futuro onde a Terra, arruinada e coberta por poluição radioativa, viu boa parte da população emigrar para outros planetas. Ele caça androides fisicamente indist...

Como recuperar a partição EFI no Windows?

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O instalador do Windows, em UEFI, sempre aproveita a partição EFI [1] existente, independente do disco em que resida, visto que deve ser única por máquina . Tê-la num disco diferente da instalação atual, remanescente de instalações anteriores, não é tão incomum. Remover ou apagar esse disco surpreende os não familiarizados ao impedir a inicialização. O que fazer quando a partição EFI não existe mais? Começamos iniciando a mídia de instalação e, nela, carregando o Windows RE, que é o ambiente de recuperação embutido. Os assistentes automatizados de nada ajudam nesta questão. Precisamos do Prompt de Comando: Reparar o computador → Solução de Problemas → Prompt de Comando. Primeiro passo é carregar o diskpart , identificar o disco da instalação a ser recuperada e selecioná-lo: diskpart list disk select disk X detail disk Substitua X pelo número que aparece na coluna "Nº Disco" de list disk . A saída de detail disk dará deta...

Acesso a convidado do Hyper-V via nome de máquina não funciona

O Hyper-V tem um recurso interessante no comutador "Default Switch" que automaticamente adiciona um registro DNS no hospedeiro com o nome de máquina do convidado quando este obtém IPv4 via DHCP. É salvo em %SystemRoot%\System32\drivers\etc\hosts.ics e usa o domínio mshome.net . Meu convidado Fedora 40 não estava aparecendo lá. NetworkManager envia o nome de máquina na requisição DHCP: $ nmcli connection show eth0 | grep hostname ipv4.dhcp-send-hostname: sim [...] Descrição da propriedade no manual nm-settings : If TRUE, a hostname is sent to the DHCP server when acquiring a lease. Some DHCP servers use this hostname to update DNS databases, essentially providing a static hostname for the computer. If the "dhcp-hostname" property is NULL and this property is TRUE, the current persistent hostname of the computer is sent. Depois de quebrar um pouco a cabeça, lembrei que a instalação do Fedora por padrão não configura um nome ...

Driver da Nvidia convive com o simpledrm

Kernel 6.5 parece ter resolvido a compatibilidade do simpledrm com o driver da Nvidia através do commit 5ae3716 — ainda requer os obsoletos drivers fbdev habilitados ( CONFIG_FB_EFI=y e CONFIG_FB_VESA=y ). A solução definitiva está presente a partir do driver 545. O módulo nvidia_drm ganhou a opção fbdev=1 , que torna-o compatível independente do commit citado e sem requerer os obsoletos drivers fbdev. Para usá-la, crie /etc/modprobe.d/blabla.conf (nome não importa, desde que termine em .conf ) contendo: options nvidia_drm modeset=1 fbdev=1 (são desativadas por padrão) É importante o initramfs ser recriado para conter esse arquivo. No Arch: mkinitcpio -P (requer o hook modconf configurado). Ambas podem ser especificadas igualmente nas opções de inicialialização: nvidia_drm.modeset=1 e nvidia_drm.fbdev=1 (hífen em nvidia-drm… também é aceito). Entretanto, em distribuições cujo kernel tenha este patch quebra-galho, a primeira opç...

Arquivo de swap? Sim, obrigado.

Havia um antigo post aqui no blog, lá dos primórdios, não recomendando partição swap. Com a popularização dos arquivos de swap, o texto foi expandido, aceitando-os a contra gosto. Só que isso foi antes de tecnologias recentes do Linux, que resolveram problemas associados ao uso de swap: melhorias no kernel e, principalmente, daemons que monitoram informações de pressão de memória, E/S e CPU do kernel ( Pressure Stall Information , PSI, disponível a partir da versão 4.20) e agem antes . O mais usado é o systemd-oomd [1] . Para ser eficiente em instalações desktop, precisa que os aplicativos sejam postos cada um num cgroup diferente , o que é feito via systemd --user pelo GNOME e KDE. Em ambientes que não o façam, como o XFCE, não é recomendado habilitá-lo. Mesmo assim, o kernel não é mais tão burro como antigamente . Minha restrição às partições swap continua: são pouco flexíveis. Logo, use sim arquivos de swap! Btrfs: # btrfs filesystem mkswapfile -...