Stray
Stray é um encantador jogo em terceira pessoa onde você assume o controle de um gato sem nome. Após um acidente, ele se vê em uma cidade isolada do mundo exterior, selada por muros e uma cobertura de concreto. Separado de sua família felina, o gato explora um cenário cyberpunk habitado por robôs amigáveis, os Companheiros, que reverenciam os humanos, extintos há muito tempo por causa de uma epidemia.
Ao lado do B-12, um pequeno drone que carrega a consciência digital de um cientista falecido, o gato enfrenta os perigosos Zurks, criaturas mutantes nascidas de uma bactéria criada pela Neco Corporation para processar lixo. A partir do Centro da Cidade, também é preciso esquivar-se de Sentinelas robóticas armadas com lasers, exigindo furtividade para avançar. Explorando os diálogos com os robôs, as memórias que o B-12 adquire e lendo murais pelo cenário, descobrimos que a cidade foi criada como um refúgio para os humanos de um exterior inabitável por pelo menos uma centena de anos. É interessante observar como a IA dos Companheiros evoluiu ao longo do tempo, desenvolvendo personalidades complexas, linguagem e crenças próprias, enquanto mantiveram viva a cultura humana. Agora, sem nenhum humano para abrir a cidade, o sistema ficou em um loop contínuo de confinamento. Seu objetivo como jogador é abrir a cidade para o mundo exterior, agora habitável.
A jornada para sair da cidade, da favela inferior até a sala de controle no topo, é relativamente curta e acessível, e brilha pelo seu design gráfico e trilha sonora sensacionais. A ambientação cyberpunk e os robôs com personalidades únicas – alguns sonhando em alcançar o exterior, autointitulados Extramuros – criam uma atmosfera envolvente e até mesmo emocional. Essa combinação de cuidado visual, sonoro e narrativo faz de Stray uma pérola indie. A jogabilidade mescla exploração, furtividade e quebra-cabeças simples, sendo uma produção modesta, mas com um cuidado imenso na sua criação.
Roda muito bem no Xbox Series S a 1080p 60 FPS. Análise da Digital Foundry aqui.
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