Contato
Fazia tempo que pretendia assistir à adaptação cinematográfica de Contato (1985), de Carl Sagan, dirigida por Robert Zemeckis e lançada em 1997.
Como todos filmes adaptados de livros, o enredo é severamente simplificado. Contudo, em Contato os roteiristas abusaram. Há várias passagens esquisitas.
- Logo de início, é dito que a mãe de Eleanor Arroway morreu devido a complicações no parto. No livro, sua mãe morre de causas naturais na velhice.
- Ellie, ainda no começo do filme, começa um tênue relacionamento amoroso com Palmer Joss. Em nenhum momento no livro os dois chegam sequer a flertar.
- A Máquina transporta uma pessoa apenas e Ellie é a escolhida. No livro, são cinco pessoas, dentre elas Ellie.
- O relacionamento entre Ellie e Ken der Heer não é abordado.
- O pai biológico de Ellie não é revelado.
- Praticamente a parte científica inteira se perde: explicações sobre quasares, pulsares, buracos negros, etc. Nada sobre o computador supercondutor Cray 21.
Entre outras. Faz alguns anos desde minha leitura. Provavelmente estou esquecendo outros pontos importantes.
Temos um retrato pobre da personalidade dos personagens — isso quando simplesmente não são ignorados, como Vasily Gregorovich Lunacharsky (conhecido como Vaygay — por ele sim Ellie nutre afeição no limiar da amizade) e Abonnema Eda. S. R. Hadden é quase uma caricatura no filme. Excêntrico e misterioso, é um personagem interessante. A densidade dos diálogos entre Ellie e Palmer Joss e de toda a cena da praia, com as reminiscências dos cinco viajantes, é inexistente no filme.
Para quem leu o livro, que é muito bom, o filme deixa a desejar. De positivo, gostei da atuação de Jodie Foster e dos efeitos especiais. Nota 6 no máximo.
Blu-ray, livro |
Como todos filmes adaptados de livros, o enredo é severamente simplificado. Contudo, em Contato os roteiristas abusaram. Há várias passagens esquisitas.
- Logo de início, é dito que a mãe de Eleanor Arroway morreu devido a complicações no parto. No livro, sua mãe morre de causas naturais na velhice.
- Ellie, ainda no começo do filme, começa um tênue relacionamento amoroso com Palmer Joss. Em nenhum momento no livro os dois chegam sequer a flertar.
- A Máquina transporta uma pessoa apenas e Ellie é a escolhida. No livro, são cinco pessoas, dentre elas Ellie.
- O relacionamento entre Ellie e Ken der Heer não é abordado.
- O pai biológico de Ellie não é revelado.
- Praticamente a parte científica inteira se perde: explicações sobre quasares, pulsares, buracos negros, etc. Nada sobre o computador supercondutor Cray 21.
Entre outras. Faz alguns anos desde minha leitura. Provavelmente estou esquecendo outros pontos importantes.
Temos um retrato pobre da personalidade dos personagens — isso quando simplesmente não são ignorados, como Vasily Gregorovich Lunacharsky (conhecido como Vaygay — por ele sim Ellie nutre afeição no limiar da amizade) e Abonnema Eda. S. R. Hadden é quase uma caricatura no filme. Excêntrico e misterioso, é um personagem interessante. A densidade dos diálogos entre Ellie e Palmer Joss e de toda a cena da praia, com as reminiscências dos cinco viajantes, é inexistente no filme.
Para quem leu o livro, que é muito bom, o filme deixa a desejar. De positivo, gostei da atuação de Jodie Foster e dos efeitos especiais. Nota 6 no máximo.
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