Desembarcando no Arch (O Retorno)
Minha alforria do GRUB
Não tenho nada contra o escopo do GRUB de ser um bootloader tipo pia da cozinha, que suporta tudo de todas as maneiras possíveis. Repugnante é o formato usado em seus arquivos de configuração.
Como bom nômade, migrei para o Arch depois de longa estada no openSUSE. Só que desta vez decidi não usar o GRUB de jeito nenhum. Configurei meu notebook para iniciar em UEFI e passadas algumas horas, com relativa facilidade, tinha um Arch funcional e enxuto com o GNOME. No lugar do inchado bootloader, pus o systemd-boot, antigo Gummiboot. Achei a página que trata dele na wiki desnecessariamente complicada.
Meu particionamento é o mais KISS possível (sugiro o
Montagem dos volumes durante a instalação. A partição ESP (EFI System Partition) deve ser montada em
Depois de instalar os pacotes e configurar o sistema (
Criar os arquivos:
A sequência de
Dá para usar UUID do sistema de arquivos também (
Dica: o
Tchau, GRUB. Passar bem.
Arch Way Of Life
Das vezes anteriores que tentei usar o Arch sempre acabava encontrando algum problema insolúvel, ruinoso. Cabe dizer que havia usado o KDE nessas tentativas.
Desta vez, por outro lado, foi tranquilo. Algum tempo gasta-se pesquisando quais pacotes são necessários e realizando pouca configuração manual aqui e acolá, mas nada que tenha abalado minha fé pelo caminho. O GNOME a esta altura, na versão 3.18, está bem polido e integrado.
O Arch Way Of Life é mais racional. Ao invés de ficar depenando o bloatware de instalações do Fedora ou openSUSE, melhor construir uma instalação do Arch, pacote por pacote.
Tenho em mãos uma distribuição comunitária, moderna, sem ranço, cujo foco é excelência técnica.
Firefox GTK+ 3
O Firefox 43 do Arch é compilado com GTK+ 3. Inconscientemente estava esperando fogos de artifício, luzes piscantes, bebida liberada. Nada disso. A interface é praticamente a mesma do velho toolkit GTK+ 2. Foram vestindo aos poucos uma roupa nova, mesmo corte e medida, porém feita com tecido melhor, por baixo da velha. Até o ponto em que tornou-se possível arrancar a velha e ficar com a nova.
Outra novidade da versão 43 é o abandono do GStreamer para tocar multimídia — já completamente removido do código. Agora, carrega diretamente, quando presente no sistema, a libavcodec do FFmpeg/Libav. Está funcionando bem. Não existe por enquanto, contudo, decodificação por hardware (MOZBZ#563206).
No openSUSE, o Firefox é compilado com
Ah, Flash nem pensar. Não poluirei minha instalação com essa porcaria.
Bootloader no-nonsense: systemd-boot |
Não tenho nada contra o escopo do GRUB de ser um bootloader tipo pia da cozinha, que suporta tudo de todas as maneiras possíveis. Repugnante é o formato usado em seus arquivos de configuração.
Como bom nômade, migrei para o Arch depois de longa estada no openSUSE. Só que desta vez decidi não usar o GRUB de jeito nenhum. Configurei meu notebook para iniciar em UEFI e passadas algumas horas, com relativa facilidade, tinha um Arch funcional e enxuto com o GNOME. No lugar do inchado bootloader, pus o systemd-boot, antigo Gummiboot. Achei a página que trata dele na wiki desnecessariamente complicada.
Meu particionamento é o mais KISS possível (sugiro o
cfdisk
):Disk /dev/sda: 465.8 GiB, 500107862016 bytes, 976773168 sectors Units: sectors of 1 * 512 = 512 bytes Sector size (logical/physical): 512 bytes / 4096 bytes I/O size (minimum/optimal): 4096 bytes / 4096 bytes Disklabel type: gpt Disk identifier: XXXXXXXX-XXXX-XXXX-XXXX-XXXXXXXXXXXX Device Start End Sectors Size Type /dev/sda1 2048 1050623 1048576 512M EFI System /dev/sda2 1050624 976773134 975722511 465.3G Linux filesystem
Montagem dos volumes durante a instalação. A partição ESP (EFI System Partition) deve ser montada em
/boot
(/mnt/boot
enquanto instalamos):# wipefs -af /dev/sda1 # wipefs -af /dev/sda2 # mkfs.fat -F 32 /dev/sda1 # mkfs.xfs /dev/sda2 # mount /dev/sda2 /mnt # mount /dev/sda1 /mnt/boot -o X-mount.mkdir
Depois de instalar os pacotes e configurar o sistema (
pacstrap
, genfstab
, arch-chroot
):# bootctl install
Criar os arquivos:
/boot/loader/loader.conf
default arch timeout 5 editor 0
/boot/loader/entries/arch.conf
title Arch Linux linux /vmlinuz-linux initrd /initramfs-linux.img options root=PARTUUID=xxxxxxxx-xxxx-xxxx-xxxx-xxxxxxxxxxxx rw quiet systemd.show_status=1
A sequência de
x
é o UUID da partição (GPT) raiz (/dev/sda2
na minha instalação), obtido com:# blkid -s PARTUUID -o value /dev/sda2
Dá para usar UUID do sistema de arquivos também (
-s UUID
), pois o mount
suporta ambos. Usando PARTUUID, como é recomendado na wiki, torna o sistema mais robusto, pois, se o UUID mudar, continuará funcionando.Dica: o
genfstab
gera uma entrada para a partição ESP no /etc/fstab
. Recomendo removê-la, pois o systemd-gpt-auto-generator
, quando o systemd-boot é usado, cria automaticamente boot.automount
, que desmonta o volume depois de 120 segundos de inatividade. Não é obrigatório, porém é uma configuração mais segura. A partição ESP é delicada. Lembremos que o sistema de arquivos dali (FAT) não é journaled. Caso fique corrompido, nada de boot. Através do automount, estará na maior parte do tempo desmontado e a salvo de qualquer azar. ☺Jan 19 21:22:48 thinkpad systemd[1]: boot.automount: Got automount request for /boot, triggered by 3783 (bash) Jan 19 21:22:48 thinkpad systemd[1]: Mounting EFI System Partition Automount... Jan 19 21:22:48 thinkpad systemd[1]: Mounted EFI System Partition Automount. ... Jan 19 21:26:49 thinkpad systemd[1]: Unmounting EFI System Partition Automount... Jan 19 21:26:49 thinkpad systemd[1]: Unmounted EFI System Partition Automount.
Tchau, GRUB. Passar bem.
# bootctl System: Firmware: UEFI 2.31 (Lenovo 0.9568) Secure Boot: disabled Setup Mode: user Loader: Product: systemd-boot 228 Partition: /dev/disk/by-partuuid/xxxxxxxx-xxxx-xxxx-xxxx-xxxxxxxxxxxx File: `-/EFI/systemd/systemd-bootx64.efi Boot Loader Binaries: ESP: /dev/disk/by-partuuid/xxxxxxxx-xxxx-xxxx-xxxx-xxxxxxxxxxxx File: `-/EFI/systemd/systemd-bootx64.efi (systemd-boot 228) File: `-/EFI/Boot/BOOTX64.EFI (systemd-boot 228) Boot Loader Entries in EFI Variables: Title: Linux Boot Manager ID: 0x0004 Status: active, boot-order Partition: /dev/disk/by-partuuid/xxxxxxxx-xxxx-xxxx-xxxx-xxxxxxxxxxxx File: `-/EFI/systemd/systemd-bootx64.efi
Arch Way Of Life
Das vezes anteriores que tentei usar o Arch sempre acabava encontrando algum problema insolúvel, ruinoso. Cabe dizer que havia usado o KDE nessas tentativas.
Desta vez, por outro lado, foi tranquilo. Algum tempo gasta-se pesquisando quais pacotes são necessários e realizando pouca configuração manual aqui e acolá, mas nada que tenha abalado minha fé pelo caminho. O GNOME a esta altura, na versão 3.18, está bem polido e integrado.
O Arch Way Of Life é mais racional. Ao invés de ficar depenando o bloatware de instalações do Fedora ou openSUSE, melhor construir uma instalação do Arch, pacote por pacote.
Tenho em mãos uma distribuição comunitária, moderna, sem ranço, cujo foco é excelência técnica.
Firefox GTK+ 3
O Firefox 43 do Arch é compilado com GTK+ 3. Inconscientemente estava esperando fogos de artifício, luzes piscantes, bebida liberada. Nada disso. A interface é praticamente a mesma do velho toolkit GTK+ 2. Foram vestindo aos poucos uma roupa nova, mesmo corte e medida, porém feita com tecido melhor, por baixo da velha. Até o ponto em que tornou-se possível arrancar a velha e ficar com a nova.
Outra novidade da versão 43 é o abandono do GStreamer para tocar multimídia — já completamente removido do código. Agora, carrega diretamente, quando presente no sistema, a libavcodec do FFmpeg/Libav. Está funcionando bem. Não existe por enquanto, contudo, decodificação por hardware (MOZBZ#563206).
Cabelo curto FTW, Suzanne! libvpx decodifica VP9 |
No openSUSE, o Firefox é compilado com
-Os
, enquanto, no Arch, com -O2
. Pelo fato do Arch sempre usar versão recente do GCC, o binário tende a ser mais otimizado.Ah, Flash nem pensar. Não poluirei minha instalação com essa porcaria.
"Ah, Flash nem pensar. Não poluirei minha instalação com essa porcaria."
ResponderExcluirrsrs dois.