Slackware mal das pernas
Confesso que não me interesso pelo Slackware faz muitos anos. Fiquei surpreso ao ler a notícia no BR-Linux dizendo que o site da distribuição está fora do ar e que o projeto está mal das pernas.
Pelo que pude constatar, o que ocorreu foi um esvaziamento de desenvolvedores e colaboradores (tanto de código quanto dinheiro). Quando você tem um time muito pequeno e sem apoio financeiro, é muito difícil tocar uma distribuição para uso geral (não falo de remasterizações). Os modelos viáveis neste meio:
1 - Ter uma empresa por trás. Exemplo: Red Hat/Fedora; Novell/openSUSE; Canonical/Ubuntu.
2 - Não ter uma empresa, mas conseguir reunir um time razoável de desenvolvedores e de alguma forma montar uma infraestrutura financeira autossuficiente. Exemplo: Debian, Gentoo, Arch.
Fora isso, apenas projetos pequenos, que não precisem manter milhares de pacotes, conseguirão sobreviver. Uma distribuição para roteadores é um caso que ilustra. A quantidade de código necessária para manter o IPCop é bem menor que o Slackware. Da última vez que eu andei mexendo com o IPCop (acompanhei a lista de discussão por um tempo), o núcleo de desenvolvimento era umas seis pessoas, ou menos.
Saindo um pouco do assunto, nos comentários de outra notícia do BR-Linux, o Manoel Pinho citou como umas das causas da derrocada da Mandriva (que está falida) a política "canibal" da Canonical com o Ubuntu, que inviabilizou por completo quem tinha seu modelo de negócios vender Linux para desktops. Lembro do bebeto_maya ter dito a mesma coisa em outros comentários (desculpem, não lembro de qual notícia). A Red Hat percebeu a fria anos antes da Canonical existir e largou o barco na hora certa. Vender desktop Linux é a receita para a falência — parte por deficiências do sistema, parte pela hercúlea tarefa de competir com o Windows, que está entrincheirado nesse mercado faz pelo menos duas décadas e tem toda a indústria de hardware e, principalmente, software ao seu lado.
Óbvio que não podemos alegar o mesmo no caso do Slackware. Slackware sempre foi distribuição difícil. A "dominação Ubuntu" foi ortogonal a ele. Eu chuto outra causa: Arch Linux, o sucessor moderno do espírito da distribuição.
Pelo que pude constatar, o que ocorreu foi um esvaziamento de desenvolvedores e colaboradores (tanto de código quanto dinheiro). Quando você tem um time muito pequeno e sem apoio financeiro, é muito difícil tocar uma distribuição para uso geral (não falo de remasterizações). Os modelos viáveis neste meio:
1 - Ter uma empresa por trás. Exemplo: Red Hat/Fedora; Novell/openSUSE; Canonical/Ubuntu.
2 - Não ter uma empresa, mas conseguir reunir um time razoável de desenvolvedores e de alguma forma montar uma infraestrutura financeira autossuficiente. Exemplo: Debian, Gentoo, Arch.
Fora isso, apenas projetos pequenos, que não precisem manter milhares de pacotes, conseguirão sobreviver. Uma distribuição para roteadores é um caso que ilustra. A quantidade de código necessária para manter o IPCop é bem menor que o Slackware. Da última vez que eu andei mexendo com o IPCop (acompanhei a lista de discussão por um tempo), o núcleo de desenvolvimento era umas seis pessoas, ou menos.
Saindo um pouco do assunto, nos comentários de outra notícia do BR-Linux, o Manoel Pinho citou como umas das causas da derrocada da Mandriva (que está falida) a política "canibal" da Canonical com o Ubuntu, que inviabilizou por completo quem tinha seu modelo de negócios vender Linux para desktops. Lembro do bebeto_maya ter dito a mesma coisa em outros comentários (desculpem, não lembro de qual notícia). A Red Hat percebeu a fria anos antes da Canonical existir e largou o barco na hora certa. Vender desktop Linux é a receita para a falência — parte por deficiências do sistema, parte pela hercúlea tarefa de competir com o Windows, que está entrincheirado nesse mercado faz pelo menos duas décadas e tem toda a indústria de hardware e, principalmente, software ao seu lado.
Óbvio que não podemos alegar o mesmo no caso do Slackware. Slackware sempre foi distribuição difícil. A "dominação Ubuntu" foi ortogonal a ele. Eu chuto outra causa: Arch Linux, o sucessor moderno do espírito da distribuição.
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