Postagens

Mostrando postagens de abril, 2012

Clonagem manual de partições com o Partclone (II)

Ter sistemas de arquivos diferentes com o mesmo UUID não é recomendável. Sempre que um sistema de arquivos for parar em outro lugar, crie um novo UUID. Para isso, depois de restaurar a imagem com o Partclone e antes de montar a partição para reinstalar o GRUB2, mande o tune2fs criar um novo UUID: (seguindo o post anterior com a partição sendo /dev/sda1 em EXT4) # tune2fs -U random /dev/sda1 Só reinstalar o GRUB2 não bastará. Seu arquivo de configuração precisa ser regerado para conter o UUID atualizado. Mesma coisa com o /etc/fstab . Primeiro obtenha o novo UUID que acabou de ser criado: # blkid -p -s UUID -o value /dev/sda1 Colocarei o bloco inteiro de comandos para facilitar. Os comandos novos são dois, grub2-mkconfig e nano (ou outro editor de sua preferência). # mount /dev/sda1 /mnt/fedora # mount --bind /dev /mnt/fedora/dev # mount --bind /proc /mnt/fedora/proc # mount --bind /sys /mnt/fedora/sys # nano /mnt/fedora/etc/fstab (troque o UUID antigo pelo novo) # c

Steam nativo para Linux

Pareciam as repetidas notícias do Phoronix a respeito do cliente Steam nativo para Linux rumores. Não mais, pois Michael Larabel foi convidado pela Valve a vistar seus escritórios, onde foi registrado um protótipo funcional do esperado software. Deixava o campo da hipóteste. Agora é material o Steam para Linux. Uma boa notícia, sem dúvida. Porém o que mais me chamou a atenção foi o último parágrafo do artigo. Gabe Newell está muito negativo quanto ao futuro Windows 8. Para mim é óbvio: o Windows 8, se continuar da forma como foi apresentado no "Consumer Preview", não será bem aceito fora dos tablets. Além disso, é o começo de uma guinada da Microsoft em torná-lo menos receptivo a software de terceiros fora do seu controle (à lá iOS) -- afinal a empresa já tem sua própria plataforma de jogos com o Xbox e cia. A Valve não quer esperar para ver e decidiu se antecipar e expandir suporte a outras plataformas. Com o Steam para Linux, não consigo imaginar que eles também não estej

systemd está avançando no Arch

Alguns pacotes dos repositórios Core e Extra recém foram atualizados para carregarem por conta os arquivos unit necessários para funcionarem com o systemd nativamente (sem emulação dos scripts SysV). São eles: samba, nfs-utils, rpcbind. Os arquivos unit para esses daemons existentes no repositório mantido por Dave Reisner (empacotados como systemd-arch-units ) foram portanto removidos.

FreeRDP 1.0 com NLA!

Imagem
O FreeRDP 1.0 suporta Network Level Authentication . Usando o Remmina , um programa amigável que usa as bibliotecas do FreeRDP, (versão 1.0 ou superior) você conseguirá acessar via RDP máquinas Windows (Vista/Server 2008+) de forma mais segura:

Firefox 3.6 já era

A versão 3.6 foi descontinuada ontem e não receberá mais nenhum tipo de atualização (inclusive de segurança). Por isso, se você usa essa versão, deve atualizar o mais cedo possível. Para quem não quer entrar no rápido ciclo de atualizações do Firefox, use a versão ESR, que possui um período de suporte mais longo. Firefox Extended Support Release

Piwigo + SELinux (LAMP/Fedora)

Para a galeria Piwigo funcionar, é preciso ajustar o rótulo da pasta. Pressupondo que as permissões estejam corretas no seu servidor, falta: # semanage fcontext -a -t httpd_sys_rw_content_t '/var/www/html/imagens(/.*)?' # restorecon -FRv /var/www/html/imagens (substitua "imagens" pelo nome da pasta onde está a sua instalação do Piwigo) O boleano httpd_can_network_connect precisa ser habilitado para o mecanismo de atualização embutido do Piwigo funcionar. Todas as man pages *_selinux são de grande ajuda. Elas estão no pacote selinux-policy-devel . AVC denials em sistemas web, quando não existe uma documentação do desenvolvedor sobre SELinux, são resolvidos na base da tentativa e erro, vendo o que cada um lhe diz em suas mensagens de erro bem como o arquivo /var/log/audit/audit.log . Resista a todas as tentações de desativar o SELinux. Sempre! Relacionado: Colocar o Samba a funcionar com o SELinux

Slackware mal das pernas

Confesso que não me interesso pelo Slackware faz muitos anos. Fiquei surpreso ao ler a notícia no BR-Linux dizendo que o site da distribuição está fora do ar e que o projeto está mal das pernas. Pelo que pude constatar, o que ocorreu foi um esvaziamento de desenvolvedores e colaboradores (tanto de código quanto dinheiro). Quando você tem um time muito pequeno e sem apoio financeiro, é muito difícil tocar uma distribuição para uso geral (não falo de remasterizações). Os modelos viáveis neste meio: 1 - Ter uma empresa por trás. Exemplo: Red Hat/Fedora; Novell/openSUSE; Canonical/Ubuntu. 2 - Não ter uma empresa, mas conseguir reunir um time razoável de desenvolvedores e de alguma forma montar uma infraestrutura financeira autossuficiente. Exemplo: Debian, Gentoo, Arch. Fora isso, apenas projetos pequenos, que não precisem manter milhares de pacotes, conseguirão sobreviver. Uma distribuição para roteadores é um caso que ilustra. A quantidade de código necessária para manter o IPCo

systemd e udev agora unidos

Udev will become part of systemd (The H) A notícia tem alguns dias, mas não quis comentar antes pois estava curioso para ver o que apareceria no repositório git. Mesmo Kay Sievers tendo dito que será possível usar o udev em sistemas sem o systemd, ficou claro nos últimos commits que ambos os projetos estão cada vez mais interligados. Cedo ou tarde algum fardo passaria a pesar sobre quem não roda o systemd, como nesta mudança: udev: install udevd as /usr/lib/systemd/systemd-udevd * udev: the daemon binary is called systemd-udevd now and installed in /usr/lib/systemd/. Standalone builds or non-systemd systems need to adapt to that, create symlink, or rename the binary after building it. Nada dramático, mas levando em conta a crescente adoção do systemd (incluindo a Intel com o Tizen ) e todos os avanços e novos recursos que ele traz, sua importância como componente básico de qualquer Linux só aumentará. Adeus, Upstart e SysVinit.

A polêmica do tal "kernel Ubuntu"...

Ubuntu: “We’re not Linux” (Blog Dissociated Press) Será que o Ubuntu abandonou o Linux? (Blog Seja Livre) O Ubuntu NÃO abandonou o Linux (Ubuntu-BR-SC) A saga do kernel Ubuntu (Ubuntu-BR-SC) A caca foi a seguinte: o post do Dissociated Press foi certeiro. Apenas disse a verdade que Mark e cia. estão evitando o uso do termo "Linux" numa manobra não muito... honesta, digamos. Daí o blog Seja Livre fez uma lambança levantando FUD de Jerico ("fechar a distribuição" é até pior do que Jerico: código GPL não pode ser fechado!) e saindo do assunto principal (o "kernel Ubuntu"). Por fim, a lambança foi respondida pelo Ubuntu-BR-SC. Agora o que este humilde criado tem a dizer. O kernel Linux é um dos projetos mais complexos de engenharia de software da atualidade. É uma quantidade imensa de código desenvolvido durante décadas por milhares de pessoas, muitas delas programadores do mais alto gabarito. Como um time "com 25 engenheiros de kernel, ou

Acertar tags em coletâneas, trilhas sonoras, com diversos artistas

Imagem
Na minha biblioteca de músicas (100% MP3) tenho algumas coletâneas e trilhas sonoras com variados artistas; existe, porém, um problema: o que colocar na tag ARTIST desses álbuns? Se colocar os artistas separados por faixa, sua biblioteca ficará uma bagunça, pois o álbum não ficará agrupado. Se repetir a lista de artistas em todas as faixas, dependendo da quantidade deles, pode ficar uma tripa grande demais. O burro aqui amputava o nome dos artistas e colocava alguma coisa que abrangia todo o álbum. Por exemplo, na trilha "Drive (Original Motion Picture Soundtrack)" eu colocava "Drive" em ARTIST e "(Original Motion Picture Soundtrack)" em ALBUM, perdendo as referências dos artistas. Resolvi botar isso em ordem. A solução é a tag ALBUM ARTIST. Essa tag só deve ser especificada em álbuns com diversos artistas e nela vai uma designação genérica da sua preferência, sendo a mais usada "Various Artists" (ela é o que manterá as faixas unidas). O títu

Fedora 17 Beta

Imagem
GNOME SHELL + ACELERAÇÃO 3D POR SOFTWARE Adam Jackson, no ciclo de desenvolvimento do Fedora 17, tem como um de seus trabalhos fazer o Gnome Shell rodar sobre drivers sem aceleração 3D por hardware (DRI2) através do llvmpipe (Mesa), que faz o trabalho por software na CPU. Será que funciona num VIA P4M800 + Pentium 4 524 + 1,5 GB de RAM? O começo não foi dos melhores, pois com a mídia de instalação F17-Beta-TC1 x86-64 (esse P4 possui EM64T ao menos...) o Xorg nem subiu. Bug reportado e consertado no driver openchrome (o Xorg do F17 é compilado com XAA desativado, que o driver tentava usar). A partir da mídia F17-Beta-RC3 o pacote está corrigido. Se você é um infeliz usuário de chips gráficos VIA e usa o Fedora, me deve um café. Se bem que é como Adam Williamson comentou no f17-beta-blocker-review-4: o suporte às GPUs da VIA é borderline , nicho do nicho... Em chips gráficos sem KMS (como os VIA) o boot não é flicker-free, porque existe uma mudança de resolução no momento e

Instalação mínima do Fedora 17 usa NM para gerenciar a rede

A partir do Fedora 17 o NetworkManager é usado nas instalações mínimas em modo texto para gerenciar as conexões de rede. Até a versão 16, a instalação mínima usava os scripts do pacote initscripts . Ao que parece o obsoleto serviço SysV /etc/rc.d/init.d/network (desabilitado por padrão nessa altura) está com os dias contados no Fedora. As tradicionais configurações dos arquivos ifcg-<interface> presentes na pasta /etc/sysconfig/network-scripts são obedecidas pelo NM. Os arquivos podem ser customizados de forma simples com a ferramenta de modo texto system-config-network-tui , como antes. Depois de configurar os endereços, aplique as mudanças reiniciando o NM: systemctl restart NetworkManager.service (a ferramenta de linha de comando nmcli não precisei usar ainda). O NM torna a inicialização da rede mais robusta, pois não passa pelos shell scripts, e mais rápida, pois os comandos que os antigos scripts executavam eram síncronos e podiam retardar o processo no caso de al