Assim falou o marketeiro

Ubuntu vs RHEL in enterprise computing (Mark Shuttleworth blog)

Mark faz uma propagandinha postando alguns números do W3Techs onde o número de servidores web (como se isso representasse todo o mercado enterprise...) rodando o Ubuntu ultrapassou os com Red Hat Enterprise Linux. Não li a metodologia nem a amostragem usada, pois não é o ponto da questão.

Quando confrontado com a posição do CentOS, superior ao Ubuntu, Mark responde que nesta comparação teria que ser levado em conta o Debian. Hã? CentOS é uma recompilação exata do RHEL (para fins práticos é o RHEL), enquanto a estrada Debian → Ubuntu é bem mais longa. Contudo, ainda não é o ponto.

Jef Spaleta matou a charada nos cometários. A Red Hat tem um modelo de negócios sustentável, lucrativo e em constante crescimento. E a Canonical? Ninguém sabe. Pelo que consta, a empresa sempre foi deficitária, sobrevivendo graças aos aportes do seu milionário fundador.

Chega a ser engraçado todo o palavreado que Mark usa para responder a Jef. É aquele tom de profecia de sempre. Vaselina pura.

Reparem nessa:

Canonical’s proposition is much better for all Ubuntu users, Red Hat’s proposition is much better for Red Hat.

O quê? Como? Hã? WTF?

Ele está referindo-se ao modelo de assinaturas do RHEL, onde não existe uma versão gratuita oficial.

A proposta da Red Hat tem como objetivo é óbvio ser "melhor para ela". Não é uma repartição pública. Se não der lucro, quebra. Foi o modelo que a empresa descobriu lá em 2003 ser a única forma viável. Sucesso absoluto provado pelos constantes balanços positivos.

E você está redondamente enganado. A Red Hat é muito, mas muito mais importante que a sua Canonical para todos os usuários Linux do Mundo. Não importa se você roda o Slackware num i486, o Android, ou a distribuição XYZ num datacenter com 7892978402804 servidores. Programadores da Red Hat estão entre as principais forças motoras em termos de linha de código em praticamente todos os projetos importantes do ecossistema.

Vá pentear macaco!

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