Um novo XFCE


Adotei o XFCE como ambiente desktop faz alguns meses. Fora das personalizações estéticas, é tudo padrão do Arch, que, por sua vez, é fiel ao upstream.

Portanto, Xfwm é o gerenciador de janelas, ou compositor. Até a atual versão 4.12, nenhuma estratégia para evitar tearing é usada. Os efeitos são tão visíveis que prejudicam até navegação na internet.

Na versão de desenvolvimento 4.13, os quadros, depois de montados com XRender, são exibidos via XPresent, extensão relativamente recente (2013) do protocolo X11, que depende de drivers que implementem DRI3. Drivers abertos são compatíveis; proprietários, não. Como fallback, o código também passou a suportar OpenGL, mas não tenho como testar. Segundo discussões no Bugzilla, XPresent/DRI3 exige menos do hardware gráfico e por isso tem preferência.

Decidi arriscar e migrei para o Xfwm 4.13 com ajuda do AUR. Demais componentes do XFCE ficaram nas versões oficiais do repositório. Minha "GPU" é uma Intel GM45 e uso o driver modesetting[1] do Xorg.

A diferença é simplesmente impressionante para quem estava acostumado com tearing infernal. Não há mais tearing! Nenhuma configuração especial é requerida[2]. Afinal, estamos em 2017. Será sem dúvida o principal diferencial do futuro XFCE 4.14.


[1] De uns tempos para cá, as principais distribuições dão preferência ao driver modesetting em hardware Intel minimamente recente (Gen4+). Nesse driver, 2D é acelerado quando possível com OpenGL.
[2] Até a versão 4.12, existe a opção "Sincronizar desenho ao branco vertical" (em "Configurações → Ajustes do gerenciador de janelas → Compositor"). Não serve para nada e foi removida na 4.13.

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