A polêmica do tal "kernel Ubuntu"...

Ubuntu: “We’re not Linux” (Blog Dissociated Press)
Será que o Ubuntu abandonou o Linux? (Blog Seja Livre)
O Ubuntu NÃO abandonou o Linux (Ubuntu-BR-SC)
A saga do kernel Ubuntu (Ubuntu-BR-SC)

A caca foi a seguinte: o post do Dissociated Press foi certeiro. Apenas disse a verdade que Mark e cia. estão evitando o uso do termo "Linux" numa manobra não muito... honesta, digamos. Daí o blog Seja Livre fez uma lambança levantando FUD de Jerico ("fechar a distribuição" é até pior do que Jerico: código GPL não pode ser fechado!) e saindo do assunto principal (o "kernel Ubuntu"). Por fim, a lambança foi respondida pelo Ubuntu-BR-SC.

Agora o que este humilde criado tem a dizer.

O kernel Linux é um dos projetos mais complexos de engenharia de software da atualidade. É uma quantidade imensa de código desenvolvido durante décadas por milhares de pessoas, muitas delas programadores do mais alto gabarito.

Como um time "com 25 engenheiros de kernel, ou mais" conseguiria assumir e tocar um projeto deste porte sozinho? Impossível. Nonsense. Nem se existissem vinte clones do Linus Torvalds mais uns dez do Al Viro na Canonical.

A Canonical faz o mesmo que outras distribuições. É difícil usarem um kernel vanilla, ou seja, exatamente o que sai do kernel.org. Os empacotadores das distros aplicam patches por conta. Geralmente patches que ainda não entraram na árvore oficial do kernel, mas estão pendentes; ou não, patches rejeitados pelos desenvolvedores do kernel — o que acontece com base técnica (o kernel.org é uma meritocracia). Além, é claro, da configuração personalizada de cada distribuição.

Se a Canonical não quer usar o termo "Linux" na documentação e material de divulgação é detalhe. Marketing (no que Mark é bom). Por baixo do capô continua sendo o GNU/Linux de sempre.

Sempre foi assim! Não existe nada de novo. Só desinformação (talvez ignorância) e sensacionalismo.

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